Looks encantadores, mas muito usáveis e confiáveis encabeçam uma vanguarda totalmente nova: o culto do comedido. Mulheres teatrais e princesas com alterações de humor, já não são a mística de várias marcas famosas mundiais. As roupas fazem sentido frente uma crise econômica. Uma moda mais polida, mais madura e mais ponderada. Um exemplo: a volta dos casacos camel. Este fato parece não acelerar o coração, mas temos que olhar à distância. Marc Jacobs defende o new look como não insípido e sim tendo a ver com charme e adequação. Não se precisa de mais complicação na moda, pois já existem muitos desafios e complicações no cotidiano. Uma mulher não pode viver só de adrenalina de lantejoulas e cristais. Coco Chanel decidiu isso há noventa anos. Andar de saltos aos calafrios, já não parece assim uma idéia tão aluscinante. As roupas vivem e morrem pelo contexto em que vivemos. Chega uma altura em que não queremos usar as coisas que usávamos quando tínhamos vinte anos.
LÓGICO, TRABALHADOR, ADEQUADO, ESTAS SÃO AS QUALIDADES QUE AGORA AGRADAM ÀS MULHERES. PARECE ENFADONHO. NÃO É.
A elegância e graça do passado podem ter relevância contemporânea. Uma qualidade bela e feminina como a coleção da Louis Vuitton baseada na série Mad Mem. Existe um menor anseio pela moda exibicionista. Ninguém tem mais vontade de gastar rios de dinheiro com peças que tenham prazos de validade. Segundo McCartney: " Nunca me deixei escravizar pelo brilho e pelo glamour. Porém, gosto do glamour da indústria da moda e de ter momentos extremos".
Eu penso que não podemos ignorar que as coisas estão muito caras e que hoje a mulher possui mais obrigações que antes e o glamour pode ser modificado um pouco para o lado clássico e street. Nunca uma série como "Mad Man" influenciou tanto New York e o mundo da moda, quanto o seriado "Sex and Tha City".
LV
Imagens: reprodução
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